sexta-feira, 13 de agosto de 2010

artigo indefinido.




não vejo nuvens nem pássaros. mal sinto o vento no meu rosto. acho que estou sonhando. tá tudo tão parado que me sinto estranha em meio à multidão do nada. as lágrimas que enchem meus olhos não são capazes de cair e o grito entalado na garganta quer voltar de onde veio, do coração.

talvez seja o tempo que me deixou assim: sem nada sentir.
talvez as pessoas que passaram por minha vida, que não souberam amar e levaram consigo o pouco do amor que eu consegui ter.

aprendi tarde que as pessoas não se completam, mas se somam. mas depois reaprendi que nunca é tarde para nada.
enfim, eu consigo enxergar um anjo. meus olhos voltam a ter a visão mais linda que já presenciei, meu coração volta a bater. as lágrimas caem não de angústia, mas de emoção e o grito, vira um emocionado: 'Que bom que te encontrei!'

" ♫ I'll take a risk, take a chance, make a change and breakaway! ♪ "
Kelly Clarkson - Breakaway.

Nunca é tarde para as novas experiências que a vida nos proporciona;
tentar nem sempre é conseguir, mas todos que conseguiram tentaram!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

você apareceu de novo.

em uma tarde ensolarada você apareceu. fez meu coração quase parar, me deixou muito nervosa e gritando - mas ninguém me escutava. você fez piadinhas, riu da minha cara e ainda disse que eu não te amava por inteiro. de repente, já não era você. eu te liguei, esbravejando, o quanto você havia me deixado mal. eu chorava. eu te amava por inteiro sim. fiz um último pedido: desapareça da minha vida. mas eu desliguei, antes da resposta, pra não sofrer. eu escutei meus pais querendo falar comigo.

eu acordei. era pesadelo. e fiquei assim: pensando que foi verdade.
eu te amei tanto por inteiro, que você ainda continua nos meus sonhos. ;x

domingo, 1 de agosto de 2010

saudade.



recordo-me de tantas e tantas tardes em que sentada na calçada, conversava sem hora e nem pressa. dos jogos em que eu me acabava, com um tanto de muleque e só eu de menina. das voltas dadas nos quarteirões de bicicleta. dos telefonemas demorados ao telefone, pra falar da vida alheia. das danças na sala, com público - invisível é claro. da casa de boneca montada em sauna desativada. do sábado a tarde no bosque. daquele tanto de primo bagunçando. da minha mãe gritando pra eu ir dormir e desligar o super nintendo. do recreio na quadra assistindo o jogo de futebol dos meninos - os mais lindos da época, diga-se de passagem. dos melhores desenhos, dos melhores filmes, das melhores músicas... dos melhores amigos. do, até hoje, melhor tempo. que tudo era verdadeiro, nem sempre recíproco, mas intenso.